terça-feira, 29 de junho de 2010

Quando anda descalça ela sente a delícia do chão.

Ela não precisa saudar o sol pra ter um dia decente. Ou não precisa ter uma voz de eucalipto pra ser passarinho. Acho até que as minhocas não tenham um gosto exato e que os passarinhos não tem mau hálito. Eles não falam mal de ninguém, belo hábito.
Mas bem, ela.. Ela acorda tarde, mas quando acorda.. faz existir ali uma experiência do arabesco. Ela, quando beija, parece ter acabado de acertar o primeiro pénalti das quartas de final, de tamanha dedicação no beijo acontecido.
Ela quer dar nome de pedra na filha. Tem mais poesia que isso? Tem mais poesia que explicar a regra do catetos na sexta série pra Rubi?
Há mais beleza no mundo quando se pretende ser efêmera.
Há mais graça na pele quando a nudez é bem resolvida.
Existem guitarras mais bonitas que as beges.
Eu vi uma cor de kani, que porra... Deu uma vontade de comer sushi e ouvir Led Zeppelin ao mesmo tempo.
Isso nunca tinha me ocorrido antes.

Andar de meia também dá barato nela.

5 comentários:

Anônimo disse...

Poderiam ser mais constantes tuas postagens por aqui... Mas apesar de raras, sempre me surpreendem...
Saudades

Anônimo disse...

pedra é bonito, mas eu tenho lá minha vibe grega com nomeclatura. a primeira será sofia, a segunda será helena. e é o que representarão pra mim, hélade superada ou não.

mas meias serão sempre meias, com sua felicidade desvendada ou não.

Liv. disse...

Dedicação no beijo, hein? Safada.

Romana Naruna disse...

Ela que é feliz. De meias. Sem meias verdades.

Marla disse...

Descobri seu blog por um comentário seu em um blog. Achei o comentário poético e resolvi conhecer a casa da visita. Adorei aqui e sua poética de cochichar sobre uma face bonita que você vê em coisas simples . Talvez seja uma poética cheia de esperança, numa descrição que melhora um tanto o fenômeno. Blogue bom! Só não curti a frequência um-post-por-mês. Tanto pouco.