segunda-feira, 27 de outubro de 2008

amor líquido

só poderia ser líquido o meu. como haveria de ser sem ser amor-água, amor-coca, amor calmo como suco de maracujá..? há que sofra com amor pedra, de dureza incalculável e amor-cansado, que pesa dentro de quem insista em se solidificar e virar muro para toda a gente ou bomba pra quem se ama. há quem viva de amor-ar, sentimento tão perdido que não se toca, pega ou joga fora. ele fica pra ser sentido como os vapores e vento, fazendo calor ou frio via sensações térmicas vazias de razão. não cai pra dentro ou vai embora, só evapora.
o meu amor bate em pedra dura e molha de suor qualquer faísca de paixão. o meu amor faz calor por todos os poros sem precisar se desmaterializar, vira brisa macia e paupável nas tonalidades e cor laranja.
meu amor é quase toda minha alma efêmera e submarina, da cabeça aos pés.