quinta-feira, 28 de maio de 2009

que eu nunca desmaie, que demore o des-maio


na selva de pedra, vamos nós dois ao parque lage. só porque lá tem aquele ar de quase-praça dos tempos em que namoravam em praças. lá é o que eu chamo de romântico, apesar do stallone gravar pelo jardim. vou poder desaguar e falar e falar. sobre o "bar buda" que a gente vai abrir com o lucro dos livros ou dos filmes. de como a chuva cheira diferente no Rio, entre as pedras, o cimento e o mar. se perguntar o por quê de só ver bidê funcionar na casa das nossas avós. e de como, nesses dias de solidão, seria bom trabalhar num call center de uma empresa bem escrota, para que na confusão do dia-a-dia a gente pelo menos escute a nossa própria voz.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Hoje é terça-feira,

e a sensação é de estar tão pesada quanto as pedras nos bolsos de Virginia Woolf.
"é chegado o momento de encarar as horas!"


segunda-feira, 18 de maio de 2009

ela já atravessou todos os oceanos do mundo


e depois de querer ser magnólia, tentar ser bicicleta em copacabana, hoje só tem treinado ser chuva e cor.

domingo, 17 de maio de 2009

eu sou o sol em cartão postal


minha distância não é fácil de dissimular. a falsa falta de verborragia se encontra com um jeito torto um afastamento. não é por mal, não. talvez seja pela praia, que é também chamada de convite aos livros semi-lidos. podem ser os ais e os hão de ser da cidade e seus cinemas. ou pode ser, vagamente, uma toca que me meto, que eu enrolo no pescoço de tricô, de vento frio, joelhos dolores e saudade comprimida.
salvo o falso moralismo, sigo de passagem e sigo bem. divagar sobre o "sinto falta" não amadurece nem rejuvenesce, só dói. então, estanco.
do instinto viajante de passagem que me cerca, ainda me cora o peito não alcançar/tocar o singelo e branco atébreve.